sexta-feira, 27 de maio de 2011

Percepção de solidão

Uma mulher entra no cinema, sozinha. Acomoda-se na última fila. Desliga o celular e espera o início do filme. Enquanto isso, outra mulher entra na mesma sala e se acomoda na quinta fila, sozinha também. O filme começa.

Charada: qual das duas está mais sozinha?

Só uma delas está realmente sozinha: a que não tem um amor, a que não está com a vida preenchida de afetos. Já a outra foi ao cinema sozinha, mas não está só, mesmo numa situação idêntica a da outra mulher. Ela tem uma família, ela tem alguém, ela tem um álibi.

Muitas mulheres já viveram isso - e homens também. Você viaja sozinha, almoça sozinha em restaurantes, mas não se sente só porque é apenas uma contingência do momento - há alguém a sua espera em casa. Esta retaguarda alivia a sensação de solidão. Você está sozinha, não é sozinha.

Então de repente você perde seu amor e sua sensação de solidão muda completamente. Você pode continuar fazendo tudo o que fazia antes - sozinha - mas agora a solidão pesará como nunca pesou. Agora ela não é mais uma opção, é um fardo.

Isso não é nenhuma raridade, acontece às pencas. Nossa percepção de solidão infelizmente ainda depende do nosso status social. Se você tem alguém, você encara a vida sem preconceitos, você expõe-se sem se preocupar com o que pensam os outros, você lida com sua solidão com maturidade e bom humor. No entanto, se você carrega o estigma de solitária, sua solidão triplicará de tamanho, ela não será algo fácil de levar, como uma bolsa. Ela será uma cruz de chumbo. É como se todos pudessem enxergar as ausências que você carrega, como se todos apontassem em sua direção: ela está sozinha no cinema por falta de companhia! Por que ninguém aponta para a outra, que está igualmente sozinha?

Porque ninguém está, de fato, apontando para nenhuma das duas. Quem aponta somos nós mesmos, para nosso próprio umbigo. Somos nós que nos cobramos, somos nós que nos julgamos. Ninguém está sozinho quando curte a própria companhia, porém somos reféns das convenções, e quando estamos sós, nossa solidão parece piscar uma luz vermelha chamando a atenção de todos. Relaxe. A solidão é invisível. Só é percebida por dentro.
Martha Medeiros,jornalista e escritora brasileira

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Contar Para Quem?

















"Tanta gente ao meu redor,quantas pessoas falando comigo no entanto nenhuma me ouve e se ouve não me leva a sério e se me levar a sério quer me discriminar pelo que posso contar."
Às vezes é assim que a gente se sente,com algo engasgado na garganta,querendo conversar com alguém..
Mas quem?
A mãe ou o pai?
O irmão ou o melhor amigo?
Até que soltamos algo,mas não por interio,contamos só algumas partes.
É sempre assim,parece que estamos sozinhos,sem ninguém para conversar,para compartilhar nosso segredo,e então nos escodemos atrás de sentimentos que parecem não ter fim.
Isso é ruim demais,só que superamos com o tempo...dai surgem mais segredos...e volta tudo denovo...


É a vida.




sábado, 21 de maio de 2011

Desabafe Aqui

Existem momentos na vida que você está quase explodindo com algo que só você sabe,procura alguém pra desabafar mas às vezes não consegue confiar em ninguém.
Aqui é o lugar certo para você contar seu segredo anonimamente e sem se preocupar com que os outros vão falar.

















Desabafe agora..